segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Canção Nova um Programa de Vida

Estamos trilhando um caminho de reflexão sob o tema “Canção Nova um Programa de Vida”

No primeiro artigo com o tema “Dia do Consagrado”, vimos à importância de consagrar não somente toda nossa vida a Deus, mas, sobretudo, todos nossos projetos, sonhos e metas que desejamos traçar para este ano.

No segundo artigo falamos de um “Programa de Via com Maria”, pois foi ela juntamente com José que apresentou Jesus no templo e com ele toda a sua missão. Devemos obter o auxilio da Santa Virgem Maria para termos um bom programa de vida.

No último artigo cujo tema foi “Um programa de vida no Espírito Santo”, vimos que é de suma importância que o Espírito Santo esteja na construção de todos os nossos planos, pois ele é a fonte de toda inspiração e o termômetro para discernir se estamos dentro da vontade de Deus ou não.

Hoje quero refletir um pouco com você por que a Canção Nova escolheu este lema para este ano de 2009. Você sabe que todos os anos a Canção Nova caminha sob algum lema que vai nortear as nossas atividades missionárias, como “Canção Nova um jeito de ser”, “Canção Nova do Jeito de Maria”, “Ser Canção Nova é bom demais”. Este ano o tema é “Canção Nova um Programa de Vida”.

Você sabe que a Canção Nova é uma referência para muitas pessoas. O seu jeito de ser, o seu modo de viver e a maneira de evangelizar é um diferencial muito necessário para a transformação deste mundo. De fato, está é a essência da Canção Nova, foi para isso que Deus a criou. Ela não é uma comunidade perfeita, temos muitos erros, mas por uma iniciativa amorosa de Deus, Ele nos escolheu para ser este fermento na massa, e enquanto vamos transformando a grande massa que é este mundo, Deus ao seu tempo também vai formando-nos para que sejamos cada vez mais um fermento eficaz e necessário no mundo de hoje.

Como eu disse acima, não somos perfeitos nem os únicos e muito menos os melhores, mas somos escolhidos e uma vez escolhidos cabe a nós dizer sim ou não. A nossa missão não é somente evangelizar, mas principalmente deixar-nos ser evangelizados. A nossa própria evangelização precisa nos atingir, e quando este processo acontece em nós então passamos a ser referência para os outros, a partir do nosso testemunho do nosso modo de vida, do nosso trabalho santificado, da nossa maneira de viver a pobreza e ao mesmo tempo a dependência de Deus em tudo, a Divina Providência que vai regendo a nossa vida, nosso jeito carismático de ser, nossa vida de oração, a nossa coragem de abraçar tantos desafios grandes, o viver reconciliados, a radicalidade e a busca do viver sem pecado tudo isso passou a fazer parte da vida de muitas pessoas que hoje forma conosco uma grande família. Este é o programa de Vida que a Canção Nova quer neste ano caminhar. Para nós da Canção Nova e da família Canção Nova, é um retomar as nossas origens e essência, mas para o mundo a nossa volta, o nosso jeito de ser e de viver o evangelho pode ser um ótimo programa de vida para nos aproximar cada vez mais daquilo que somos no coração de Deus.

É um convite, não existe um roteiro, nem mesmo uma fórmula, mas para todos nós a referência é o evangelho de Jesus Cristo, aqui está um código de santidade, um verdadeiro programa de vida para todos nós.

No próximo artigo vamos partilhar o tema; “Um programa de vida segundo o evangelho”, aguarde!

Deus abençoe você

Com carinho Marcelo Pereira

Um programa de vida no Espirito

Vimos no artigo anterior cujo tema “o dia do Consagrado” que Maria é indispensável em nossa vida dentro do programa de vida proposto para este ano de 2009.

Talvez você não saiba ainda, mas neste ano estaremos caminhando sobre o lema “Canção Nova um Programa de vida. E hoje quero partilhar com você a presença do Espírito Santo dentro deste programa de vida.

Desde o principio antes mesmo da criação do mundo o Espírito Santo já se fazia presente no projeto de Deus. Tudo foi criado com ele e através dele e nada foi feito sem ele. A própria terra era vazia e sem forma, mas o Espírito Santo pairava sobre ela e de forma maravilhosa ganhando vida e sentido.

Da mesma forma o Espírito Santo precisa estar dentro dos nossos projetos, sonhos e metas. Um programa de vida não é simplesmente fazer uma agenda de tudo que queremos viver durante o ano, mas fazer um programa em que Deus possa fazer parte da nossa vida, tendo Ele a liberdade de mudar ou confirmar aquilo que é bom para nós. Nem tudo que programamos para a nossa vida por mais das boas intenções que temos, nem sempre é de fato aquilo que precisamos. A presença do Espírito Santo neste programa é justamente para tornar eficazes os nossos projetos, para dar forma e vida a tudo que iremos realizar durante este ano. Por isso, que é um programa de vida.

No primeiro artigo sobre este tema fizemos a renovação da consagração a Deus de toda a nossa vida, projetos e sonhos. Hoje quero rezar ao Espírito Santo de Deus para convidá-lo a fazer parte deste programa, para que ele nos dê a graça de enxergar qual é a vontade de Deus em cada uma das nossas atitudes. Queremos estar abertos ao Espírito Santo a cada movimento do Céu em nossa direção, para que cada atitude minha tenha a sua aprovação, e aquilo que não for de Deus nem para meu bem e dos outros, que Tu tenhas a liberdade de mudar e que eu tenha a humildade de aceitar.

Que a Virgem Maria que se deixou ser guiada e moldada por Ti ó Espírito Santo, nos ensine e nos ajude a viver um programa de vida no Espírito Santo, amém!

No próximo artigo vamos falar sobre “Canção Nova um programa de vida”

Deus abençoe você!

Com carinho Marcelo

O que é o arrependimento quando não há escolhas

Estes dias estive refletindo sobre este tema; como se arrepender quando não há mais escolhas. Parece hipotético, mas no fundo tem um sentido muito interessante.

A vida toda, temos a oportunidade de lavar a alma por meio do arrependimento acompanhado pela conversão do coração. Este processo é longo e doloroso que se passa por duas vias; decidir por uma vida melhor ou permanecer no erro, ambas não esquivam o sofrimento, pois até mesmo para se converter dói, é como um parto, a vida que sai do ventre de uma mãe é linda e maravilhosa, mas o processo de nascimento é doloroso.

A primeira via depende única e exclusivamente de uma decisão nossa que comporta dor e sofrimento, porém com possibilidades de liberdade e felicidade até o fim da vida. Escolher nascer requer coragem, tal qual se converter requer renuncia.

Já a segunda via que é permanecer na vida velha, no erro, não depende muito da nossa escolha, pois permanecer no erro nem sempre é por uma escolha, mas sim, por falta de fazer alguma escolha sensata.

Agora, o que acontece quando o arrependimento não comporta mais escolhas?

Primeiro é preciso entende que o arrependimento antecede um processo de conversão, porque ninguém se converte sem antes não cai de joelho diante da própria consciência e se banhar nas lagrima da misericórdia de Deus, só depois deste autoconhecimento da nossa miséria é que conseguimos fazer escolhas maduras em direção a vida nova.

Então respondendo à pergunta a cima, podemos dizer que o arrependimento só não tem resultado quando morremos, pois com a morte o arrependimento morre também, simplesmente pelo fato do arrependimento ser um componente essencial e necessário para a conversão. No livro de Dande ele diz; “A alma só tem poder de escolha enquanto viva, portanto, viva se decide pelo céu ou pelo inferno, depois de morta, perde a capacidade de raciocinar e tomar decisões”. Com a morte não há mais possibilidade de se arrepender, muito menos de conversão, e este processo nos foi dado à vida toda.

Após a morte, o arrependimento não muda a nossa sorte, no mínimo se queremos ter a felicidade eterna precisaremos de purificação que não tem nada a ver com arrependimento. Neste sentido podemos dizer que a morte anula nossas possibilidades de escolhas e de mudanças por meio do arrependimento. Certamente a última escolha nossa seria o purgatório pautado não no arrependimento, mas sim na purificação das nossas más escolhas feitas em vida.

A vida é feita de escolhas, e o Céu é feito das nossas escolhas. Merecemos o Céu que escolhemos.

Deus abençoe todas as nossas escolhas, pois ainda há tempo para fazermos boas escolhas.

Marcelo Pereira

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O curioso caso de Benjamin Button

Certos filmes têm histórias que por si só já valem a ida ao cinema. Este é o caso de “O Curioso Caso de Benjamin Button”. O filme conta o drama baseado no clássico romance homônimo escrito por F. Scott Fitzgerald nos anos de 1920, Benjamin Button, (Brad Pitt), um homem que misteriosamente começa a rejuvenescer e passa a sofrer as bizarras conseqüências do fenômeno.

Benjamin, estranhamente, surge na história aos seus 80 e poucos anos - na New Orleans de 1918, quando a Primeira Guerra está chegando ao fim - e a partir disso começa a ficar mais jovem.

Agora veja o que é um instrumento nas mãos da pessoa certa. Uma obra da literatura pode sim se tornar um grande filme e ultrapassar as perspectivas do próprio livro como temos visto ultimamente em bons filmes, isso sim é adaptação.

O Curioso Caso de Benjamin Button, dirigido por David, traz a adaptação do conto homônimo de F. Scott Fitzgerald feita por Eric Roth a quem assina a versão final do roteiro e que por sinal é o mesmo de Forrest Gump e Robin Swicord (que recentemente estreou como diretora do longa O Clube de leitura da Jane Austin).

Veja o trailler

Eu particularmente, já fiz umas boas reflexões sobre o filme, mas confesso que ainda estou digerindo e ruminando a longitude que está história tem capacidade de nos levar através de uma boa reflexão. É difícil de imaginar uma pessoa nascendo aos 80 anos e construir sua vida de traz pra frente, ou seja, enquanto eu sigo o ciclo normal da minha natividade, Benjamin vem na contra-mão mostrar a vida de um outro ponto de vista, neste caso no ponto de vista de uma pessoa mais madura com a experiência de uma pessoa de 80 anos.

Veja o tlailer original

Na verdade, F. Scott Fitzgerald quis refletir sobre a velhice e a partir desta inspiração ele constrói uma história extraordinária que nos leva a entender a partir do ponto de vista do personagem Benjamin Button, o mundo misterioso dos idosos.

Como não estar convicto de que a humanidade tem caminhado para um programa de vida acelerado e modernizado fundado em uma qualidade de vida que despreza completamente aquele que não consegue acompanhar o ritmo. Certamente os nossos idosos passaram de integrante da humanidade para escorias do mundo modernizado.

Quem pode entender o que se passa na mente e no coração daqueles que um dia lutaram e trabalharam para que estivéssemos numa posição aceitável? Quem poderia explicar os tantos sentimentos de rejeição e abandono que se acumulam na consciência de um idoso esquecido em um asilo ou deixado para traz, sem falar daqueles que estão lá porque a família não tem tempo de cuidar ou não sabem como lidar com os limites da idade? Será que amanhã não será eu e você no lugar deste idoso? Que futuro nos espera quando a perna não conseguir corresponder mais o comando da mente? Quem será capaz de nos compreender quando a visão ficar turva, mãos tremulas, e a beleza escondida debaixo de umas tantas rugas?

O processo de envelhecimento faz parte do ciclo da vida e não pode ser excluído do programa de vida do homem, nem mesmo do homem moderno. Se aqueles que ditam as regras não incluírem em seus objetivos primordiais os cuidados necessários para dar qualidade de vida e inclusão social aos idosos, em pouco tempo Benjamin de Button deixara de ser um livro, e de um filme passará a ser real. O silêncio e a solidão dos nossos idosos reclamaram por justiça sob nossas consciências e o peso da nossa omissão pode nos levar para um asilo eterno.

Desculpa-me deter me delongado um pouco mais sobre este ponto de vista, mas o filme é muito mais abrangente ainda. Há uma cena no filme que não vou contar agora para não tirar o seu sabor de degustar o momento, mas diz que a velhice é um ótimo momento para se pedir e dar o perdão, pois a experiência vivida já é suficiente para reconhecer que não vale a pena levar magoas para a outra vida que nos espera.

Para alem destas reflexões, devo enfatizar aqui o maravilhoso trabalho de maquiagem e interpretação, pois os principais atores do filme tiveram que interpretar as três fases da idade de modo especial Brad Pitt interpretando Benjamin Button e Daisy por Cate Blanchet. (Não é a toa que o filme já conta com 13 indicações de Oscar.

No fundo no fundo, eu estou mesmo é te convidando para ir apreciar o filme, pois é um ótimo entretenimento educativo além de ser um lindo filme, e estou certo que você tirará muitas outras conclusões que irá te ajudar muito a ver a vida do ponto de vista do idoso que um dia todos nós seremos se Deus permitir.

Deus abençoe você

Marcelo Pereira