segunda-feira, 20 de abril de 2009

Amabilidade

Amabilidade, sétimo fruto do Espírito Santo

Estamos caminhando bem sob a linha de pensamento de S. Paulo narrado na Epístola aos Gálatas, onde Paulo destaca 9 frutos do Espírito Santo como fonte de vida interior capaz de nos ajudar a crescer em maturidade.

Gostaria de começar dizendo que a amabilidade deriva da palavra amável, que também pode ser manso ou PRAYTES, em grego. Jesus nos convida a aprender com Ele a sermos manso “amável” e humilde de coração. Mat 11,29. Logo, Jesus é um modelo por excelência na prática da amabilidade. Se quisermos um exemplo de quem vive ser amável, manso e humilde devemos olhar para Jesus sob todos os sentidos.

No dicionário amabilidade tem o seguinte significado; 1- qualidade de amável.
2- Delicadeza e atenção no trato; gentileza, afabilidade, cortesia. Embora sejam estes substantivo feminino, isto não restringe o destinatário nem se limita a uma questão de sexo. Tanto os homens como as mulheres podem e devem cultivar a amabilidade.

Uma pessoa amável é aquela capaz de agir com mansidão diante de situações que normalmente nos impulsiona a agressividade. É a capacidade de ser sereno e calmo diante do agressor e dar resposta diferente com amor e com serenidade a ponto de desconcertar o ato de agressão e rudez daquele momento. Em uma fração de segundos, uma pessoa amável busca o seu equilíbrio, pois ela sabe quem é e de que é capaz, por isto ela dialoga rapidamente com os frutos do Espírito Santo que também está nela e ali ela decide estar no centro, ponto cujo amor acontece. Isto não significa que uma pessoa amável não traz consigo o impulso da agressão e da rudez como se aceitasse tudo passivamente, não é isso, somos marcados pelo pecado original. Trata-se de uma serenidade superior, proveniente de uma sabedoria interior. Segundo Platão, tal atitude realça a marca de uma pessoa culta e nobre.

Um dos alunos que mais absorveu de Jesus esta característica foi o apostolo João, considerado o apostolo do amor, aquele que se reclinou sobre os ombros de Jesus na última ceia. Ele é quase um protótipo de Jesus na questão da amabilidade. Ninguém falou melhor sobre o amor do que João em suas 3 Epístolas do novo testamento.

Jesus diz que “os mansos de coração há de herdar a terra” Mat 5,4. Então num futuro breve não haverá espaço na terra para pessoas rudez e agressivas. Então o jeito é se adequar na mansidão para não ficar de fora. É uma questão de treino, aprendizado.

Vamos tecer os olhos sobre a pessoa de Maria. Ela trás vários títulos que caracteriza a amabilidade. “Mãe do amor”, “Mãe terna, serena, acolhedora, paciente, delicada, atenciosa, gentil”, “Mãe da Misericórdia”, e por aí vai. E onde Maria adquiriu todas estas virtudes? É claro que foi através de Jesus, sua escola se deu através do seu filho desde a sua infância, Maria já assimilava as atitudes de Jesus, não por que Ele era Deus, mas porque ele viveu sua vida na terra como homem, tudo semelhante ao homem com exceção do pecado, o resto foi igual a nós, mas por graça do SER Jesus viveu o perfeito amor em todas as coisas. O modelo para chegar à perfeição no amor como ressalta S. Paulo em Colossenses 3,14, é Jesus, este foi o modelo de Maria e continua sendo para nós também.

O mundo só vai conhecer o verdadeiro amor por meio de Jesus, fora D’Ele o amor será sempre imperfeito. É por isso que Maria continua sua missão na terra como foi em Fátima em plena guerra, ela pede o fim da violência que é a inimiga numero 1 da amabilidade.

A amabilidade significa a coragem de realizar, a partir de um equilíbrio interno, e de modo sereno e amável, aquilo que foi reconhecido como adequado.

Que Nossa Senhora nos ensine o caminho do perfeito amor, e que a violência morra na escolha que faremos em sermos amáveis e serenos diante de qualquer situação.

Deus abençoe você!

Com carinho Marcelo Pereira

Fidelidade, sexto fruto do Espírito Santo

A palavra fidelidade também é conhecida como PISTIS que traduz a palavra fé e confiança. Não se refere necessariamente a ter fé em Deus, mas sim a atitude de julgar capaz de ter confiança.

Normalmente uma pessoa fiel é sempre uma pessoa integra confiante em seus valores e rege a sua vida através do exercício da fidelidade. Em alemão a palavra fidelidade significa estabilidade, onde a pessoa está sempre no centro e estável. Ela não se deixa levar pela corrupção e desvaleres que a diminua ou a desestabiliza.

Daí, podemos dizer que uma pessoa fiel aos seus valores, sonhos, metas, leis e corretas tradições, é capaz de ter fé e confiança em si mesma, nos outros e principalmente em Deus.

A fidelidade não é um fruto que chega pronto, ela é conquistada durante boa parte da nossa vida no treinamento diário até conseguirmos estar no centro, sem titubear nem para frente nem para trás. Isto, nos deixa confiantes. Quando estamos centrados em nossa confiança e em nossa fé somos capazes de mover as pessoas ao nosso redor sem algum esforço.

No campo Espiritual isto se torna mais evidente ainda. A confiança em Deus pode nos poupar de muitos sofrimentos além de nos fazer tocar em grandes milagres. Já uma pessoa desconfiada perde muito tempo procurando explicações para tudo e razão para todas as coisas, e acaba não vivendo a dimensão sobrenatural que rege sobre nós através da confiança e a fé.

A fé e a confiança são as construtoras da fidelidade em nós. Quem atua em sua vida orientando-se na virtude da fidelidade sentir-se-á estável.

Quando olhamos para Maria podemos afirmar que ela é uma mulher estável, centrada nos valores que herdou na escola da vida, centrada sobre tudo na vontade de Deus. Sua confiança em si própria e em Deus é inquestionável, porém fruto de sua confiança e integridade. Maria não foi criada pronta para todas as virtudes que ela possui, mas foi moldada na vida e por isto, chegou à maturidade da fidelidade, equilibrada, no centro da sua integridade que gerou total confiança no plano que estava designado para sua vida.

Para ser integro é preciso antes ser fiel. A corrupção em qualquer gênero destrói qualquer estabilidade de ser fiel em qualquer coisa.

O mundo hoje se tornou uma escola que forma pessoas integras e corruptas, tudo depende da minha fidelidade aos reais valores que geri durante a minha vida e de forma especial, os valores da nossa fé cristã.

Não nos esqueçamos, a fidelidade é um fruto, mas somos nós que plantamos o que queremos colher. Se quisermos colher fidelidade temos que plantar confiança e fé.

Que Maria Santíssima nos coloque no centro, no centro de nós mesmos e no centro da vontade de Deus para que os frutos da fidelidade em nós, seja capaz de mudar a nossa desconfiança em fé.

Deus abençoe você!

Com carinho Marcelo Pereira

Generosidade, quinto fruto do Espírito Santo

Estamos caminhando sob os 9 frutos do Espírito Santo narrado por S. Paulo na carta aos Gálatas. A fonte é sempre o Espírito Santo, ninguém produziria tais frutos se não por meio do Espirito Santo de Deus.

Hoje vamos falar sobre a generosidade que em grego se escreve “makrothymia”. Este fruto é uma característica forte do nosso Deus. Ele não se deixa vencer em generosidade mesmo quando não merecemos.

A generosidade também produz outro fruto que é a paciência. Uma pessoa paciente tem sempre como pano de fundo a generosidade. Deus é extremamente paciente para conosco no que diz respeito a nossa conversão. S. Pedro em sua segunda carta diz que “Deus está demonstrando paciência conosco pois Ele não quer que nenhum de nós se perca, mas que todos cheguem a conversão”. II Pedro 3,9

Deus não é generoso simplesmente porque Ele quer ser generoso, mas Ele é para que sejamos também para com os outros.

Muitas vezes agimos como aquele devedor implacavelmente infiel narrado por S. Mateus no capítulo 18, 23-35. O rei lhe perdoou a sua divida de uma forma extremamente generosa, mas o servo devedor não agiu da mesma forma para com aqueles que lhes devia. Este exemplo demonstra a nossa fragilidade em sermos generosos e pacientes para com os outros. Mede-se o tamanho do coração de uma pessoa pela capacidade de ser generosa para com os outros. Quanto maior a generosidade, maior é o coração desta pessoa. É por isto que dizemos que Deus tem um coração grande porque a sua capacidade de ser generoso é extremamente grande.

A pessoa que tem o coração pequeno se aborrece facilmente com qualquer coisa e não sabe ser paciente com as limitações dos outros e nem de si próprio.

Maria também tinha um coração grande. Seu SIM estava permeado de generosidade, e por isso Deus pode salvar o mundo por meio do sim de Maria. Não foi um sim egoísta pensando em si apenas. Maria disse seu sim para os outros, pensando na salvação de todos.

Com a generosidade se pode salvar o mundo, expandir as fronteiras do coração e torná-lo grande o suficiente para acolher não só as qualidades, mas também os defeitos dos outros.

Que Nossa Senhora nos ajude e nos ensine a tornar o nosso sim generoso a ponto de tornar o nosso coração grande como o coração de Deus.

Com carinho Marcelo Pereira

Deus abençoe você!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Bondade, quarto fruto do Espirito Santo

Estamos na sequência dos 9 frutos do Espirito Santo. Já vimo até aqui os frutos; amor, paz e alegria, agora vamos ver o fruto da BONDADE.

A bondade é a tradução da palavra grega CHRESTOTES que significa honorabilidade e eficiência que produz em nós gentileza e suavidade. (capacidade de ser suave).

Dom Bosco dizia que, uma pessoa boa é aquela que pensa bem do outro, fala bem do outro e quer o bem do outro. É uma espécie de virtude do bem indispensável para produzir frutos bons em nós.

Uma pessoa verdadeiramente boa é capaz de se decepcionar repentinamente com alguém e ainda assim continuar amando, simplesmente porque ela foca com a lente da bondade que torna capaz de enxergar a fundo e entender que em cada pessoa há algo de bom escondido por de trás daquela atitude má.

Deus é insuperavelmente bom. Ele não se deixa vencer em generosidade e inúmeras vezes Ele olha para nós e vê que por trás das nossas maldades, misérias e pecados há algo bom, o suficiente para não nos deixar desanimarmos da continua busca pela superação do homem mal até redescobrirmos o homem bom que está dentro de nós.

Você já deve ter ouvido a música “Todo homem é bom” do compositor e cantor Grecco, interpretado por ele e também gravada pelo padre Fábio de Melo. Quando terminamos de ouvir a música chegamos à conclusão que de fato todo homem é bom e que não existe ninguém no mundo que não tenha no coração a semente da bondade. Esta semente precisa ser cultivada se não os frutos não crescem. Gandhi dizia que “no decorrer dos séculos o mal parece triunfar, mas no fim o bem sempre vence”. O exercício da bondade se passa em fazer o bem aos outros como diz Dom Bosco, pois um mau hábito pode ser vencido por um bom hábito segundo o professor Felipe Aquino. Quem usa deste binóculo vê mais longe, não fica preso as aparências, mas vê o coração, lugar do sagrado, altar onde o amor e a bondade é gerado e celebrada em nós. O coração é um altar porque é o lugar do sacrifício, pois muitas vezes ser bom é exigente, às vezes dói ser bom, ma a verdadeira bondade se passa pelo sacrifício do ser bom mesmo quando o outro não merece.

Quando olhamos para Maria no caminho do calvário acompanhando Jesus com os olhos, percebemos o quanto é difícil ser bom, mas foi ali que Maria aprendeu a maior lição sobre a bondade. Em momento algum Jesus condenou ou odiou o seus algozes que batiam, zombavam e cuspiam em seu rosto. Jesus sabia que aquelas atitudes eram periféricas, aqueles homens agiam na superfície do coração e não permitiam que a bondade que estava no coração deles enxergasse que Jesus era Deus ou ao menos um homem bom. O mal nos cega ver o bem no outro. Maria sempre foi uma mulher bondosa, a história mostra isto, mas foi na paixão que ela experimentou o ápice do ser bom.

Estamos entrando na semana santa, tempo oportuno para aprendermos com Jesus a sermos bons. Há uma frase que gosto muito de postar no meu blog fotosquefalam que diz; “não basta ser bom, é preciso mostrar ser bom”. A nossa bondade precisa ser visível se não o outro não vêem.

Sejas bom, custe o que custar!

Uma ótima semana santa pra você…

Com carinho Marcelo Pereira

Paz, terceiro fruto do Espírito Santo

Tal qual a ALEGRIA, a PAZ é um fruto do Espírito Santo indispensável para a construção dos relacionamentos.

Em hebraico a palavra paz é a tradução da palavra SHALOM, também muito conhecida em nosso vocabulário. A paz é conhecida ainda como “PACISCI” que significa travar uma conversa, negociar, fazer as pazes.

Moramos em um mundo violento, barulhento, cheio de conflitos e guerras, e é neste mundo que somos desafiados a cultivar a PAZ. Porém, para que a paz possa reinar sobre este mundo é preciso antes cultivá-la em nosso coração. É do nosso interior que surge a violência, as guerras, discórdias, intrigas e divisões, e a pior delas é quando nos separamos de Deus, a paz deixa de existir quando Deus não está mais presente em nossa vida.

Quando o Anjo Gabriel aparece a Maria na anunciação, ela ficou profundamente perturbada, mas o Anjo lhe disse; “Não temas Maria, pois obtiveste graça junto de Deus”. Luc 1,30

A paz foi rapidamente resgatada no coração de Maria porque Deus estava com ela, caso contrário, Maria teria entrado em pânico e colocado todo o plano de Deus a perder. Se nós estamos com Deus, nenhuma noticia ou situação poderá nos abalar, ainda que nos assustemos com ela. Mas, quando estamos distantes de Deus ou com o coração longe D’Ele, qualquer vento pode nos derrubar. Por isso, esta conquista da paz precisa acontecer antes de qualquer coisa dentro de nós, uma verdadeira reconciliação com Deus.

Note que até o nosso pecado retira a paz do nosso coração e ficamos propensos ao isolamento e a todo tipo de violência. São Paulo diz que o mau não é o que entra, mas o que sai de dentro de nós. A paz é uma forma de manter estes leões que estão dentro de nós acorrentados, tornando possível o fruto da paz reinar em nosso coração em nosso relacionamento com Deus e com os irmãos.

O medo também é uma forma de violência se não soubermos dominá-lo. Nossa Senhora não tinha pecados, mas como pessoa humana ela tinha medo, porém, administrado pelo fruto da paz, resultado do seu relacionamento com Deus. Sem Deus a paz é impossível, talvez seja por isso que moramos em um mundo tão violento, porque o mesmo tem abandonado a Deus.

O primeiro dia do ano é dedicado a PAZ, que traz como padroeira Nossa Senhora da Paz. Em Fátima-Portugal, Nossa Senhora aparece aos pastorinhos pedindo a paz ao mundo, e isto aconteceu em plena I guerra mundial. Maria está atenta a extinção da paz no mundo, ela se preocupa conosco, nós que ainda estamos neste vale de lágrimas, gemendo e chorando. Ela é a nossa advogada rogando para que a fonte que é Jesus, não seja extinta de dentro de nós.

Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós.

Com carinho Marcelo Pereira

A ALEGRIA, segundo fruto do Espírito Santo

O segundo fruto do Espírito Santo que vamos falar hoje é a ALEGRIA. Este fruto nasce da convivência social, pois ninguém é alegre e feliz sozinho, isolado no seu mundo.

Uma das evidências mais terríveis da nossa geração e a tristeza, fruto do isolamento que a vida moderna nos proporciona. Vivemos no apogeu da depressão, do stress físico e emocional. A tristeza é ausência de Deus, sinal de que estamos desconectados da fonte que é Deus. A tristeza é também a grande causadora da depressão e a conseqüência ao mesmo tempo. Dificilmente uma pessoa depressiva consegue sorrir ou ser alegre mesmo em momentos mais descontraídos.

Podemos dizer também que, a esperança e a confiança andam de mãos dadas com a alegria, quando uma ou outra deixa de existir o risco de desmoronarmos é muito provável.

A alegria ao contrário se torna um remédio contra a tristeza e a depressão. Rir um pouco todos os dias faz bem para as nossas almas, descarrega o peso da nossa face e alimenta a nossa esperança.

Você se recorda do filme do Pat Adams “A vida é bela”? Em meio ao caos das guerras e conflitos ele fazia a vida se parecer mais alegre para que a esperança não morresse nas pessoas. Veja, até no tratamento do Câncer a terapia do sorriso passou a ser um precioso remédio contra a desesperança. Uma pessoa alegre é capaz de prolongar a vida de uma pessoa abatida pelo Câncer e ocupar o lugar da tristeza que abate sobre as emoções destas pessoas.

Há uma frase que eu carrego comigo já faz muito tempo que diz “o verdadeiro herói é aquele que traz nos lábios um sorriso quando no coração despedaçado” Não é fácil traduzir isto na vida, eu mesmo ainda não alcancei está graça, mas estou a caminho, requer muito treino e sacrifício, mas também, não é algo impossível justamente por se tratar de um fruto cuja fonte está dentro de nós. É preciso cavar fundo em nosso coração para continuamente nos abastecer desta fonte.

Um exemplo muito palpável de quem superou a dor e o sofrimento e desfilou serenidade e alegria interior foi Maria a mãe de Jesus. Ela teve seu coração transpassado varias vezes pela lança do sofrimento, mas não se deixou abater pela tristeza e a desesperança. Maria se manteve de pé, firme e confiante naquele que dá sentido aos nossos sofrimentos.

A alegria de Maria não era de euforismo, muito menos se destacava por ser uma mulher sorridente, porém, a alegria de Maria vinha da sua confiança em Deus, da sua esperança mergulhada no Espírito Santo de Deus “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra”. A esperança lança fora toda tristeza e nos coloca em estado de confiança que gera em nós harmonia, paz e alegria. Está é a verdadeira alegria que o mundo não consegue nos dar, e para isso é preciso estarmos conectados na verdadeira fonte que é Deus. Só Ele pode nos sustentar em tempos sombrios e incertos.

Que Maria nos ensine a buscar na verdadeira fonte está alegria que é fruto da nossa confiança em Deus e transformar em verdadeiro remédio para a nossa própria alma, mas sobre tudo para as pessoas que estão ao nosso redor.

Ser alegres não é passar o tempo todo sorrindo, mas é sorrir o máximo de tempo que agüentarmos.

Deus abençoe você

Com carinho, Marcelo Pereira

Generosidade

Estamos caminhando sob os 9 frutos do Espírito Santo narrado por S. Paulo na carta aos Gálatas. A fonte é sempre o Espírito Santo, ninguém produziria tais frutos se não por meio do Espirito Santo de Deus.

Hoje vamos falar sobre a generosidade que em grego se escreve “makrothymia”. Este fruto é uma característica forte do nosso Deus. Ele não se deixa vencer em generosidade mesmo quando não merecemos.

A generosidade também produz outro fruto que é a paciência. Uma pessoa paciente tem sempre como pano de fundo a generosidade. Deus é extremamente paciente para conosco no que diz respeito a nossa conversão. S. Pedro em sua segunda carta diz que “Deus está demonstrando paciência conosco pois Ele não quer que nenhum de nós se perca, mas que todos cheguem a conversão". II Pedro 3,9

Deus não é generoso simplesmente porque Ele quer ser generoso, mas Ele é para que sejamos também para com os outros.

Muitas vezes agimos como aquele devedor implacavelmente infiel narrado por S. Mateus no capítulo 18, 23-35. O rei lhe perdoou a sua divida de uma forma extremamente generosa, mas o servo devedor não agiu da mesma forma para com aqueles que lhes devia. Este exemplo demonstra a nossa fragilidade em sermos generosos e pacientes para com os outros. Mede-se o tamanho do coração de uma pessoa pela capacidade de ser generosa para com os outros. Quanto maior a generosidade, maior é o coração desta pessoa. É por isto que dizemos que Deus tem um coração grande porque a sua capacidade de ser generoso é extremamente grande.

A pessoa que tem o coração pequeno se aborrece facilmente com qualquer coisa e não sabe ser paciente com as limitações dos outros e nem de si próprio.

Maria também tinha um coração grande. Seu SIM estava permeado de generosidade, e por isso Deus pode salvar o mundo por meio do sim de Maria. Não foi um sim egoísta pensando em si apenas. Maria disse seu sim para os outros, pensando na salvação de todos.

Com a generosidade se pode salvar o mundo, expandir as fronteiras do coração e torná-lo grande o suficiente para acolher não só as qualidades, mas também os defeitos dos outros.

Que Nossa Senhora nos ajude e nos ensine a tornar o nosso sim generoso a ponto de tornar o nosso coração grande como o coração de Deus.

Com carinho Marcelo Pereira

Deus abençoe você!