segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Peregrino da paz

Muitos de nós temos uma imagem de peregrinação muito limitada, pois estamos acostumados a restringir uma peregrinação sob forma de uma viagem religiosa a lugares santos, mas sempre com aquele impulso de retorno e com passagem de volta, ou seja, limitamo-nos a idéia de ir e voltar, de conhecer aquele lugar dos nossos sonhos, mas sempre com saudade da nossa casa do nosso lugar de costume familiar e social. Na filosofia e até mesmo na teologia encontramos uma visão bem mais ampla de ser peregrino, que não está limitado a hum lugar passageiro e apenas físico, mas sobre tudo místico e sobrenatural com uma perspectiva de tempo sem limites, ou seja, de uma dimensão eterna.

Ser peregrino da paz, não é uma viagem que tenha passagem de volta, ou que nos deixa com saudades das guerras, barulhos tão habituais como nos dias de hoje. Está viagem em busca da paz não pode estar limitada a um lugar nem mesmo a um tempo cronológico,pois não se trata de um monumento histórico nem de um patrimônio da humanidade. Também, o peregrino da paz não pode sentir saudades do que é ruim só porque já é um hábito, pois não devemos nos acostumar com este mundo de cão.Ao contrário, o peregrino da paz ele leva a vida toda para conquistar este destino, pois a paz é uma semente que é plantada na terra da dor, das guerras e de todos os tipos de sofrimentos. É no coração do homem violento que somos responsáveis em espalhar esta semente pois a árvore desta semente que é gerada é que vai trazer sombras de paz sobre nós em tempos de turbulência.
A palavra de Deus diz que; o que se planta sobre está terra é o que se colherá sobre ela. Se plantamos vingança, raiva, ódio, rancor, violência e falta de perdão, então já temos um futuro comprometido, mas a conseqüência maior e pior ainda está na dimensão espiritual, onde seremos julgados pelos frutos da nossas obras. A dimensão da paz precisa ser uma peregrinação permanente, como é o Céu. Somos peregrinos permanentes do Céu e está viagem também não tem volta, aliás, tem apenas uma conexão que fazemos após a morte para uma viagem muita mais interessante ainda, que é a viagem ao mundo do amor, onde não haverá sequer lembranças ou sensações de guerra ou violência, pois a dor e o sofrimento terá desaparecido se a semente da paz e do amor foi suficientemente plantado para garantir o bilhete da salvação.

A ausência da paz hoje talvez seja por falta de quem plantasse no passado, e a ausência da paz amanhã talvez seja por termos nós cansado de peregrinar semeando a paz, amor e o perdão pelos lugares e pessoas por onde Deus nos leva todos os dias a viajar.A escolha do futuro depende de nós,já que nós não tivemos oportunidade de escolher o nosso presente, porém, podemos escolher o nosso futuro, ou pelo menos o futuro dos outros que virão depois de nós.Que Nosa Senhora, Rainha da Paz interceda por nós para que nossa viagem nos leve a cidade do amor lugar predileto da paz.

com carinho Marcelo Pereira